MUDANÇAS CLIMÁTICAS: O CICLO DA ÁGUA

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MUDANÇAS CLIMÁTICAS: O CICLO DA ÁGUA

Os ciclos biogeoquímicos são processos naturais que, por diversos meios, reciclam vários elementos, em diferentes formas químicas do meio ambiente para os organismos, e depois trazem esses elementos dos organismos para o meio ambiente, unindo todos os componentes vivos e não vivos da Terra. Um ciclo biogeoquímico pode ser entendido como sendo o movimento ou o ciclo de um determinado elemento ou elementos químicos através da atmosfera (parte gasosa), hidrosfera (parte mineral), litosfera (parte aquosa) e biosfera da Terra. Os caminhos percorridos ciclicamente entre o meio abiótico e o biótico pela água e pelos outros elementos químicos, constituem os chamados ciclos biogeoquímicos.
O ciclo global da água responde pela maior movimentação de uma substância química pela superfície terrestre. A água, em estado líquido, é por excelência um dos elementos mais importantes na manutenção e na caracterização da biosfera. Apesar de a água ser a substância mais abundante sobre a crosta terrestre, cobrindo ao redor de 71% dela, o déficit hídrico é o maior fator limitante de produção primária em escala global. Aproximadamente metade das comunidades vegetais do mundo passa por extensos períodos secos. Até os ecossistemas superúmidos como a floresta amazônica, podem passar por déficits hídricos moderados durante o dia e experimentar ocasionalmente restrições de água bem severas. Se nos sistemas naturais o déficit hídrico é um limitante, em sistemas agronômicos é fator primordial, reduzindo a produtividade e a área passível de cultivo.
Os grandes reservatórios de água na superfície terrestre são os oceanos. Estima-se que 1.350.000.000 km³ de água esteja contido nesses reservatórios, ou seja, cerca de 97% do total da água do planeta. O segundo reservatório são as geleiras, ao redor de 33.000.000 km³. Nos continentes, o maior reservatório é representado pela água subterrânea, com aproximadamente 15.300.000 km³. Estima-se que os solos contenham ao redor de 121.800 km³ de água, mas apenas uma porção de 58.100 km³ estaria disponível para as raízes das plantas e ao redor de 13.000 km³ para a sobrevivência e para a atividade econômica humana, provenientes do escoamento superficial. A atmosfera, apesar de ser um reservatório de água limitado, desempenha papel muito importante pela magnitude de fluxo com os oceanos e continentes de 496.000 km³ por ano.
No continente, o balanço entre as perdas de água por precipitação e ganho por evaporação geralmente é desproporcional, pois 40.000 km³ das chuvas que caem anualmente nos continentes são provenientes da evaporação oceânica. Esse desequilíbrio no balanço de evaporação/precipitação continental também vai determinar a disponibilidade de água para as atividades econômicas, uma vez que parte da precipitação excedente volta para os oceanos, via escoamento superficial, sendo então disponível para captação e produção de energia. Logo, é na regulação desse fluxo solo/atmosfera que reside à importância da vegetação, uma vez que ela regula, em grande parte, as perdas de água do continente para a atmosfera por transpiração e redistribui a precipitação continental mediante interceptação pela cobertura vegetal. É principalmente por meio da modificação dessa cobertura que a atividade humana pode intervir ativamente no ciclo global da água. A Amazônia é a maior reserva de água doce do mundo, produzindo cerca de dois terços da água doce do planeta por evapotranspiração das árvores e abriga um terço da floresta tropical do planeta.
Marco Alegre

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