MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA

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MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA

Na 21ª Conferência das Partes, em Paris foi adotado um novo acordo climático, com o objetivo central de fortalecer a resposta global à ameaça da mudança do clima e de reforçar a capacidade dos países para lidar com os impactos decorrentes dessas mudanças. O governo brasileiro, como signatário da Convenção do Clima assumiu como meta voluntária pretendida (iNDC) alcançar 45% de energias renováveis na matriz energética. Segundo o BNDES, o principal impulsionador de investimentos em infraestrutura com o foco de redução de emissões de gases de efeito estufa está na necessidade do atendimento da demanda por recursos renováveis, além de tratamento de resíduos. É cediço que o agronegócio traz oportunidades relativas ao aumento de sua eficiência produtiva, à substituição de insumos e combustíveis fósseis e ao fato de ser o principal fornecedor de matérias-primas renováveis para outros setores econômicos. Na produção direta e no tratamento de seus resíduos, o agronegócio demonstra um bom potencial de geração de projetos com créditos de carbono e pode se beneficiar de introdução de tecnologias emergentes.

A geração energética (eletricidade, vapor, gases quentes e outras formas de energia) pode ser obtida com o uso de insumos e resíduos no agronegócio. Madeira, bagaço de produtos diversos, resíduos do beneficiamento de grãos, resíduos da atividade florestal e madeireira, dentre outros, são insumos renováveis com boa viabilidade para a geração de energia, em função dos aspectos de logística e da tecnologia aplicada em cada caso. Também resíduos líquidos e gasosos oferecem essa oportunidade, tais como efluentes da atividade pecuária e de frigoríficos, vinhaça da fermentação, efluentes das fecularias, dentre outros.

A oferta interna de energia no Brasil registrou, em 2015, o equivalente a 299,2 milhões de toneladas de petróleo. Desse total, 41,2% correspondem à energia renovável – como energia eólica, biocombustíveis (etanol e biodiesel), biomassa, hidroelétricas, entre outros. Em relação a 2014, essa base energética era de 39,4% da capacidade do País. O indicador é superior ao verificado nos países desenvolvidos, que têm apenas 9,4% de renováveis. Os dados são da Resenha Energética Brasileira de 2016, documento organizado pelo Ministério de Minas e Energias e publicado recentemente. A pesquisa mostra, também, as vantagens comparativas do Brasil na oferta de energia elétrica, com uma proporção de 75,5% de renováveis. Nos países desenvolvidos, o indicador é de 23,1%, e nos demais países, 22,5%. O alto nível de renováveis permite ao Brasil outro destaque, o de baixo indicador de emissões de CO2 por unidade de energia consumida.

Em tCO2/tep (tonelada equivalente de petróleo), o indicador do Brasil é de 1,56 contra 2,25 nos países desenvolvidos, e de 2,35 na média mundial. Na matriz dos transportes, o País registrou a participação de 21,4% de etanol e biodiesel. Nos países desenvolvidos, a bioenergia participava com apenas 4,1% em 2015, e nos demais países, a participação era ainda menos expressiva: 0,8%. Na indústria, as vantagens comparativas do Brasil são também expressivas, mostrando uma participação de bioenergia sólida de 39,2% em 2015, contra 9,9% nos países desenvolvidos, e de 5,3% nos demais países. Os usos de bagaço de cana para calor de processo na produção de açúcar, da lixívia na produção de celulose, do carvão vegetal na produção de ferro-gusa e de lenha na indústria de cerâmica são os principais indutores do alto indicador brasileiro.Marco Alegre

 

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