PARADIGMAS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: Conferências da ONU
Logo após a Segunda Guerra Mundial ocorreu um grande crescimento econômico em quase todo o mundo. Um dos agentes desse crescimento foi à expansão da atividade industrial, impulsionada por inúmeros fatores, dentre os quais se destacam: o crescimento populacional, a ampliação do número de consumidores de produtos industrializados e a incessante busca de maiores lucros pelos empresários. Os custos econômicos e ambientais desse crescimento industrial irrefreável surgiram quando o meio ambiente não conseguiu mais absorver a poluição gerada e os gastos para corrigir os danos provocados tornaram-se inevitáveis, pois a saúde humana, as propriedades ou os ecossistemas estavam ameaçados. Apesar de existirem alguns relatos do século 19 sobre os fenômenos da poluição, direta ou indiretamente provocados pela produção industrial, à preocupação com a poluição e a degradação ambiental originada pela atividade econômica é relativamente recente.
Somente em 1972 foi realizada, em Estocolmo, na Suécia, a primeira Conferência da Organização das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano. Essa conferência chamou a atenção do planeta para as ações humanas que estavam provocando uma séria destruição da natureza e gerando graves riscos para a sobrevivência da humanidade. Ao final do encontro foi divulgada uma declaração de princípios de comportamento e responsabilidade que deveriam conduzir as decisões em relação às questões ambientais. Outra consequência foi à elaboração de um Plano de Ação, que convocava toda a comunidade internacional a contribuir na busca de soluções para uma diversidade de problemas de cunho ambiental.
No ano de 1983, a ONU retomou o debate das questões ambientais. A entidade indicou a primeira-ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland, para chefiar a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, sendo que essa comissão estaria encarregada de aprofundar estudos na área ambiental. O documento final desses estudos, publicado em 1987, chamou-se “Nosso Futuro Comum” ou “Relatório Brundtland”. Ele defendia a distribuição das riquezas como forma de desenvolvimento global e buscava chegar a um acordo entre as posições antagônicas dos países ricos e pobres. Foi nesse relatório que se empregou o conceito de desenvolvimento sustentável, que é “aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas necessidades”.
O desenvolvimento sustentável busca, portanto, alcançar o ideal do planeta harmônico e da cidadania plena, tanto no contexto das presentes como das futuras gerações, reparando, nos limites do possível, os danos de toda ordem causados no passado. Logo, almeja a promoção humana integral, a equidade social, a paz e o ambiente saudável e ecologicamente equilibrado – bases da sociedade sustentável. Desde então, a ONU realiza conferências para debater questões, como desenvolvimento e meio ambiente, e ao mesmo tempo procurar soluções para os principais impactos ambientais globais. As principais conferências foram: a) Estocolmo (1972) – Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente; b) Rio de Janeiro (1992) – ECO/92 – Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento; c) Kyoto (1997) – Cúpula do Clima e Aquecimento Global; d) Olinda (1999) – Convenção da Desertificação; e) Haia (2000) – Cúpula do Clima e Aquecimento Global; f) Bonn (2001) – Cúpula do Clima e Aquecimento Global; e g) Johannesburgo (2002) – Rio+10; h) Paris (2015) – Acordo de Paris.Marco Alegre
(Confira aqui o mercado de carbono no Mundo)
https://www.facebook.com/uniaomeioambiente