MADEIRA CERTIFICADA É NEGÓCIO DE OURO NO BRASIL
ECONOMIA DE BAIXO CARBONO – MERCADO DE CARBONO – MADEIRA SUSTENTÁVEL
O Brasil possui grande importância no cenário internacional de madeira, atendendo mercados estratégicos como Estados Unidos, China e União Europeia. No Brasil, 37,5% de toda a madeira produzida é utilizada para a produção de celulose, sendo que a produção de serrados, painéis e compensados consome 15,8%, 7,8% e 3,5%, respectivamente. O restante (35,4%) é destinado à produção de lenha, carvão vegetal e outros produtos florestais. Com exceção da lenha, do carvão vegetal e dos painéis de madeira industrializada, cujo consumo está basicamente concentrado no mercado interno, os demais produtos destinamse, prioritariamente, ao mercado externo. Boa parte dos produtos secundários (móveis, papel, pisos, molduras, ferro e aço, etc.) também é exportada, demonstrando, assim, a importância do cenário internacional para o setor florestal brasileiro (Revista da Madeira, 2013).
No que se refere ao mercado de madeira manejada, registra-se que no mundo cerca de 1,6 bilhões de hectares de florestas que são manejados de forma sustentável, segundo dados de 2010 da Food and Agriculture Organization of United Nations (FAO). O Brasil, mais uma vez, possui destaque no mercado internacional de madeira, encontrando Manejo Florestal Sustentável o rumo certo para o crescimento econômico e a preservação das florestas.
Em 2009, na Amazônia Legal existiam 2.227 empresas madeireiras em funcionamento. Aproximadamente 66% eram serrarias e 18% eram microsserrarias, sendo que as beneficiadoras somaram 8%, as laminadoras/faqueadoras somaram 6% e as fábricas de painéis somaram pouco menos de 2%. Essas madeireiras extraíram em torno de 14,2 milhões de metros cúbicos de madeira em tora, que resultou na produção de 5,8 milhões de metros cúbicos de madeira processada. Isso representou um rendimento médio de processamento de 41%. A maioria (72%) dessa produção era madeira serrada com baixo valor agregado (ripas, caibros, tábuas e similares). Outros 15% foram transformados em madeira beneficiada com algum grau de agregação de valor (pisos, esquadrias, madeira aparelhada, etc.); e o restante (13%), em madeira laminada e compensada (SFB & IMAZON, 2010).
As exportações dos produtos florestais brasileiros caracterizam-se como produtos primários ou semielaborados, aspectos que certamente interfere em negociações comerciais, destacadamente, preço, volume, especificação e qualidade do produto. Contudo, na cadeia internacional da madeira, podemos destacar o papel de grandes importadores de produtos primários que fazem a reindustrialização para, posteriormente, atender aos seus mercados internos, mas também, revender no mercado global.
Dentre os principais importadores de nossos produtos madeireiros estão: Estados Unidos (US$2.195.176.805), China (US$2.059.321.632), Países Baixos (US$949.211.608), Itália (US$793.114.643) e Argentina (US$494.274.710). (SFL, 2016)
O setor florestal brasileiro desempenha um papel de significativa importância e contribuição para o desenvolvimento econômico e social do país. No entanto, sua participação no mercado internacional está aquém do potencial que apresenta, considerada a grandeza da demanda mundial e o tamanho de nossas florestas.
Para saber mais:
http://www.florestal.gov.br/documentos/publicacoes/2230-boletim-snif-producao-florestal-2016/file
https://www.facebook.com/uniaomeioambiente
(Confira aqui o mercado de carbono no Mundo)
Projetos de Carbono – Dra. GiseleVictor Batista – Portifólio