MUDANÇAS CLIMÁTICAS –
MUDANÇAS CLIMÁTICAS – AQUECIMENTO RÁPIDO E REAÇÕES LENTAS.
MUDANÇAS CLIMÁTICAS – Uma notícia chamou a atenção dos ambientalistas nestas últimas semanas. Segundo informações de Organização Mundial de Meteorologia (OMM), o ano de 2016 foi o mais quente desde que as medidas de temperaturas globais começaram a serem feitas, ainda na época da pré-revolução industrial, em 1850.
O estudo da OMM apontou que, de janeiro a setembro de 2016, foi registrado um aumento de 0,88 graus Celsius, uma média acima da identificada entre os anos 1960 e 1990; o mês de junho deste ano foi considerado o mais quente da história moderna, marcando o 14º mês consecutivo de temperaturas recordes em todo o globo terrestre, segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA). O ano de 2015 já tinha quebrado recordes, aumentando um grau Celsius, mas 2016 marcou um aumento de 1,2 graus Celsius, em comparação com o século 19.
Esses dados alarmantes comprovam a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, como consequência do aumento insustentável das emissões antrópicas desses gases. Essas emissões ocorrem praticamente em todas as atividades humanas e setores da economia: na agricultura, por meio da preparação da terra para plantio e aplicação de fertilizantes; na pecuária, por meio do tratamento de dejetos animais e pela fermentação entérica do gado; no transporte, pelo uso de combustíveis fósseis, como gasolina e gás natural; no tratamento dos resíduos sólidos, pela forma como o lixo é tratado e disposto; nas florestas, pelo desmatamento e degradação de florestas; e nas indústrias, pelos processos de produção, como cimento, alumínio, ferro e aço, por exemplo.
Apesar de o Acordo de Paris, que rege as medidas de redução de emissão dos gases do efeito estufa, a partir de 2020, ter sido ratificado pela maior parte dos países membros, algumas poucas medidas saíram do papel. O aumento do aquecimento global exige a adoção de medidas rápidas e efetivas, que visem à implementação de economia de baixo carbono como prevenção e remediação dos efeitos das mudanças climáticas. Se o Acordo de Paris não for cumprido, vamos ter uma média de 6°C de aumento de temperatura terrestre até 2100, o que traria consequências irreversíveis para a vida em todo o planeta.
Geógrafa (UDESC/UFSC), Doutora em Engenharia Civil – Cadastro Técnico Multifinalitário e Gestão Territorial (UFSC), Mestre em Geografia – Análise da Qualidade Ambiental (UFSC), MBA Gerenciamento de Projetos (FGV) e MBA em Gestão de Negócios, Controladoria e Finanças Corporativas (IPOG). Possui larga experiência em elaboração e gerenciamento de projetos de Meio Ambiente, Urbanismo e Arquitetura, nos segmentos público e privado. Diretora da empresa Harpia Meio Ambiente, onde desenvolve Estudos para o Licenciamento Ambiental, Projetos e Comercialização de Crédito de Carbono e Plano de Negócios para Financiamentos Internacionais. É sócia-membro do Instituto Histórico Geográfico de Santa Catarina e possui diversas publicações, científicas e internacionais, em Gestão Territorial, Geotecnologias aplicada ao Licenciamento Ambiental e Economia de Baixo Carbono.
(Confira aqui o mercado de carbono no Mundo)