MUDANÇAS CLIMÁTICAS: RELATÓRIO STERN

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MUDANÇAS CLIMÁTICAS: RELATÓRIO STERN

Meu dileto leitor sabe que venho, insistentemente, tratando do problema da mudança global do clima e questões correlatas acompanhando o que outros autores e mesmo a ONU cuidam deste importante tema, venho hoje, apresentar um resumo de um relatório encomendado pelo governo Britânico e que recebeu o nome de seu coordenador Nicholas Stern, que classifica a mudança global do clima como “a maior e mais abrangente falha de mercado jamais vista”. O Relatório de Desenvolvimento Humano 2007/2008, elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), afirma que essa é “a questão central do desenvolvimento humano para a nossa geração”. A complexidade do problema, a abrangência temática das suas causas e consequências, o horizonte temporal das suas implicações e a natureza verdadeiramente global da mudança do clima sugerem que o tema permanecerá nas agendas internacional e doméstica por muitos e muitos anos. O relatório apresenta as seguintes conclusões: Os benefícios de uma ação forte e imediata para enfrentar as mudanças climáticas ultrapassam de longe os custos de não fazer nada; A mudança climática afeta os elementos básicos para vida da população: acesso à água, produção de alimentos, saúde e o ambiente; Usando modelos econômicos tradicionais, o custo e riscos da mudança climática equivalem a uma perda de 5-20% do PIB mundial por ano; Em contrapartida, agir – por meio da redução dos gases que provocam o efeito estufa – custa apenas 1% do PIB mundial por ano; Os investimentos nos próximos 10-20 anos irão impactar profundamente no clima na segunda metade do século XXI e o próximo. Nossas ações podem criar um desequilíbrio econômico e social, similar as guerras mundiais; Como é um problema mundial, a solução deve partir de um patamar internacional; Se as emissões continuarem nesse ritmo, em 2035 teremos o dobro de gases do efeito estufa do que antes da Revolução Industrial. Isto irá aumentar a temperatura média mundial em 2°C, e no longo prazo em mais de 5°C (com probabilidade de 50%) – essa variação equivale a de hoje com a última era glacial; Essa enorme variação da temperatura mundial irá alterar a geografia humana e física do mundo; Mesmo as predições mais moderadas anunciam impactos sérios na produção, na vida humana e no ambiente mundial; Todas as nações serão afetadas. Os mais pobres sofrerão mais, justamente os que menos contribuíram para esse desastre; Os efeitos da mudança climática não podem mais ser evitados (20-30 anos), mas deve ser feito um esforço para adaptação, de forma que a economia e a sociedade não sofram o impacto diretamente. Isso custará dezenas de bilhões de dólares. Deve ser ainda mais procurada por países em desenvolvimento; Os níveis de emissão de CO²e são atualmente 430ppm e cresce 2ppm/ano; Os riscos serão reduzidos se os níveis forem mantidos em 450-550ppm. Isso equivale a uma redução de 25%, no mínimo, até 2050; Estabilizar nos níveis atuais exigiriam uma redução de 80%; Para 500-550ppm, deve-se investir 1% do PIB mundial por ano; Esse panorama pode mudar se não for tomada nenhuma política, por inovações tecnológicas ou efeitos combinados; Os países desenvolvidos devem cortar suas emissões em 60-80% até 2050. Mas os países em desenvolvimento também devem fazer cortes significativos; O mercado de carbono pode ser muito eficiente para se atingir esse objetivo. Envolveria centenas de bilhões de dólares por ano em investimentos em tecnologias pouco poluentes e gerariam muito emprego; Essa estratégia não significa: ou cortar a emissão desses gases ou desenvolver o país. Deve-se desenvolver através de investimentos não poluentes. Ignorar os efeitos da mudança climática é que impedirá o desenvolvimento; A emissão pode ser reduzida através do aumento da eficiência energética, mudança na demanda e adoção de tecnologia limpa para energia, aquecimento e transporte; O setor energético precisa ser descarbonizado em 60% até 2050, para atingir a meta de 550ppm; Mesmo com mudanças, o uso de energia fóssil e emissora de carbono deve continuar a ser mais da metade da fonte energética, principalmente em países em rápido crescimento. Por isso a necessidade de captura e estocamento de carbono; Não apenas no setor energético; desflorestamento, agricultura e industria também devem ter suas emissões controladas.Marco Alegre

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